terça-feira, 10 de março de 2020



Compulsão 

A fotografia sempre foi uma paixão, desde criança. Usava a câmera analógica da minha mãe e ansiosa aguardada o dia de revelar as fotos. Mas nesta época nao entendia de percepção do olhar, cores, luz e sombra, distorções e nuanceas de cores e o quão isso interfere na resultado da foto. 
Na adolescência conheci a máquina digital de uma amiga e fiquei encantada em poder ver no exato momento como a fotografia ficou. No entanto foi na graduação que entendi melhor sobre esta arte. Mas não o suficiente sobre as técnicas de manuseio. Contudo aprendi a olhar, obsevar e a construir belos recortes das cenas postas diante dos nossos olhos. Fotografar vai muito além de possuir o melhor equipamento ou de presenciar lindas paisagens. Pois a fotografia primeiramente acontece nos olhos do Observador. Como ele percebe dada cena, o recorte que faz com os olhos.. os ângulos que testa antes de disparar o registro. As sensações que sente diante da cena presenciada, as percepções que este quer provocar a si mesmo e ao espectador que dialoga com seu trabalho. 
Enfim, a natureza por si só oferta inúmeros espetáculos diariamente, só basta nos desconectarmos alguns minutos dos nossos dilemas, frustrações, imersão virtual, cansaço acumulado e olharmos para este belo e pulsante universo que nos convida todos os dias a mergulhar de forma intensa e grata. Fotografar é amar cada belo detalhe que a vida nos presenteia todas manhãs.